A importância da reciclagem

O aumento da geração de resíduos e sua má gestão têm trazido graves conseqüências tanto de ordem sanitária quanto ambiental.

Dentre os problemas ambientais mais graves o lixo é um dos mais sérios, urgentes e o que causa maiores seqüelas, tanto para o meio ambiente quanto para a saúde da população.

Seu volume é excessivo e vem aumentando progressivamente, principalmente nos grandes centros urbanos, atingindo quantidades impressionantes.

Além disso, os locais para disposição de todo esse material estão se esgotando rapidamente, exigindo iniciativas urgentes para a redução da quantidade enviada para os aterros sanitários, aterros clandestinos ou lixões.


A lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada em 2010, recomenda que fabricantes, comerciantes e importadores de produtos como pilhas, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos recolham esses materiais para encaminhá-los à reciclagem ou dar a eles outra destinação adequada.

Essa logística reversa, porém, ainda está em fase de estudos, e não há prazo para sua implantação.


O perigo do descarte inadequado das lâmpadas fluorescentes

As lâmpadas que iluminam nossas casas parecem simples e inofensivas.


Entretanto, após utilização ou queima, seu descarte inadequado no meio ambiente representa perigo à contaminação por mercúrio, metal altamente tóxico e bioacumulativo nos organismos vivos.


As lâmpadas fluorescentes, especialmente as compactas, são largamente associadas com um comportamento mais verde e mais ecologicamente correto.


A sua grande vantagem é que elas gastam menos energia.


A grande desvantagem dessas lâmpadas – também conhecidas como lâmpadas PL – é que cada uma delas tem mercúrio em seu interior, um metal pesado com pesadíssimos efeitos sobre a saúde humana.


Apesar da quantidade de mercúrio em cada lâmpada individual não ser grande, o risco pode ser maior do que considerado até agora.


Liberação contínua de mercúrio


O problema é que, uma vez quebrada, uma lâmpada fluorescente libera vapor de mercúrio continuamente no ar – durante semanas e até meses.


E o valor total dessa emissão pode exceder os níveis seguros de exposição humana em lugares com pouca ventilação.


A conclusão é de dois pesquisadores da Universidade de Jackson, nos Estados Unidos.


Quando um lâmpada PL se quebra

A quantidade de mercúrio (Hg) que vaza de uma única lâmpada PL quebrada é menor do que o nível permitido pela legislação.

Por isso, essas lâmpadas não são consideradas resíduos perigosos quando descartadas.


No entanto, Yadong Li e seu colega Li Jin descobriram que a quantidade total de vapor de mercúrio liberado de uma lâmpada compacta quebrada ao longo do tempo pode ser superior ao valor considerado seguro para a
exposição humana.


Como as pessoas podem facilmente inalar o mercúrio em vapor, os autores sugerem a remoção rápida das lâmpadas fluorescentes compactas quebradas e a ventilação adequada do ambiente onde o acidente se deu.


“Este trabalho contém uma análise holística impressionante dos riscos potenciais associados com a liberação de mercúrio das lâmpadas fluorescentes compactas quebradas e aponta para potenciais ameaças à saúde humana, que nem sempre têm sido consideradas,” afirmou Domenico Grasso, da Universidade de Vermont, que não esteve envolvido com a pesquisa.


“O conteúdo de mercúrio nas lâmpadas fluorescentes compactas varia significativamente entre os fabricantes. Para as lâmpadas fluorescentes espirais mais populares, de 13 W, a quantidade total de mercúrio varia de 0,17 a 3,6 mg por lâmpada,” escrevem os cientistas.

Cuidados


Eles argumentam que os testes usados pelas autoridades de saúde não conseguem captar todo o risco potencial das lâmpadas compactas porque elas “liberam vapor de mercúrio continuamente quando se quebram. A emissão pode durar semanas e até meses, e a quantidade total de mercúrio que pode ser liberado em vapor a partir das lâmpadas fluorescentes compactas mais novas muitas vezes pode exceder 1.0 mg,” afirmam.


“Como o vapor de mercúrio pode ser facilmente inalado pelas pessoas, a remoção rápida das lâmpadas fluorescentes compactas quebradas e a ventilação suficiente dos locais com ar fresco são fundamentais para
proteger as pessoas de danos em potencial,” concluem.


As lâmpadas fluorescentes compactas são largamente associadas com um comportamento mais verde e mais ecologicamente correto.


A sua grande vantagem é que elas gastam menos energia. A sua grande desvantagem dessas lâmpadas - também conhecidas como lâmpadas PL - é que cada uma delas tem mercúrio em seu interior, um metal pesado com pesadíssimos efeitos sobre a saúde humana.


Apesar da quantidade de mercúrio em cada lâmpada individual não ser grande, o risco pode ser maior do que considerado até agora.

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